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Marco do Saneamento: O papel da tecnologia na eficiência hídrica.

Sancionado em julho de 2020, o novo marco do saneamento básico tem o objetivo de garantir que 99% da população passe a ter acesso à água potável e que 90% possam contar com o serviço de tratamento e coleta de esgoto até o final de 2033. Entretanto, para conseguir alcançar as metas estipuladas, será necessário ter a tecnologia como aliada.

 

Nos últimos anos, temos observado um aumento exponencial na demanda por soluções inovadoras e eficientes no setor de saneamento em todo o mundo. Esse fenômeno é impulsionado pelo crescimento das populações urbanas e pelas mudanças climáticas, que impactam diretamente a disponibilidade de água potável.

De acordo com a pesquisa realizada pela Bluefield Research, para resolver todos os problemas de escassez de água, por exemplo, será necessário movimentar cerca de US$ 20 bilhões até 2027.

Diante desse cenário, uma das tecnologias que tem ganhado destaque é a plataforma Smart Water, que tem como objetivo aprimorar a eficiência da gestão da medição e, com isso, a preservação dos recursos hídricos. Essa solução incorpora tecnologias avançadas como Big Data e Internet das Coisas – IoT -, Inteligência Artificial – AI – e integrações entre sistemas e dispositivos multifabricantes.

No Brasil, um dos grandes problemas que enfrentamos é o desperdício de água, que ocorre pela ineficiência das redes de distribuição. Para detectar esse tipo de problema, é necessário ter equipamentos bastante tecnológicos. Neste contexto, a utilização de módulos de comunicação com inteligência embarcada no campo sistemas analíticos e escalabilidade de dados para tomada de decisão, com o objetivo de coletar, armazenar e analisar grandes volumes de dados relacionados, online, juntamente com tecnologias de comunicação IoT, com cobertura global, inclusive via satélite, como forma de interconectar dispositivos e sensores, são as principais soluções que beneficiam o setor.

Vale destacar que, como grande impulsionador ao atendimento regulatório do marco do saneamento, o Machine Learning, que é o aprendizado de máquinas, contribui na análise da totalidade dos dados de medição dos diversos tipos e grandezas de unidades consumidoras de água. Quando se refere à infraestrutura sanitária, essa tecnologia pode ser utilizada também como forma de identificar suspeitas de anomalias de consumo, de tendências de pagamento, suspensões do fornecimento, monitoramento da rede e qualidade no fornecimento.

Apesar dos benefícios, a implementação dessas tecnologias enfrenta desafios, como a gestão eficiente dos dados coletados e a integração entre diferentes sistemas e tecnologias. É desafiante, também, no contexto brasileiro, superar a predominância de processos analógicos e de alguns requisitos burocráticos, dificultam a adoção mais veloz dessas inovações.

À medida que mais empresas de serviços essenciais, públicos ou privados, reconhecem a eficiência e a qualidade das tecnologias disruptivas e inteligentes aplicáveis nos serviços de saneamento, espera-se que o uso da tecnologia cresça significativamente nos próximos anos. O Brasil, com sua vasta extensão territorial, pode se beneficiar enormemente com a adoção dessas inovações, impulsionando o desenvolvimento e a eficiência do sistema de saneamento básico em todo o país.

Embora existam alguns desafios a serem enfrentados, o potencial de melhoria na eficiência operacional e na conservação dos recursos hídricos torna essas tecnologias essenciais para o futuro sustentável do setor. Essa integração entre tecnologia e gestão eficiente está moldando um futuro em que a utilização responsável e sustentável da água é priorizada, refletindo a crescente conscientização sobre a importância da conservação ambiental e da gestão inteligente dos recursos naturais.

 

 

 

*Octavio Brasil é gerente da CAS Tecnologia.

 

Medição individualizada de água torna o condomínio mais sustentável e traz economia e justiça nas despesas

Em muitos condomínios, a conta de água representa uma parcela bastante significativa das despesas mensais e, neste sentido, a implantação do sistema de medição individualizada por cada unidade é uma saída interessante. Além de mais justa coletivamente, a medida geralmente faz com que a taxa mensal do condomínio caia para todos. O processo envolve a instalação de um relógio separado para cada apartamento ou casa, com cobranças individualizadas, assim como ocorre com a energia elétrica ou gás.

Desde 2021, os novos empreendimentos precisam ser entregues com a medição individualizada do consumo hídrico por unidade imobiliária no país. A medida foi estabelecida pela Lei Federal 13.312/16. Antes disso, alguns municípios já haviam regulamentado a questão, como, por exemplo, Goiânia (pela Lei 8.435/06) e São Paulo (pela Lei 6042/07). No entanto, mesmo quem mora em edificações mais antigas, também pode implementar o sistema por meio de adequações feitas por empresas especializadas na área.

“Em prédios que já estejam prontos para receber os hidrômetros, a instalação em todo condomínio é feita em poucos dias, sem a necessidade de intervenções internas nas unidades. Já nos prédios que necessitam fazer adequações das instalações hidráulicas haverá a necessidade de alguns ajustes internos e a obra pode levar entre dois a quatro dias por unidade”, explica o engenheiro civil e administrador de empresas Fábio Ferro, da Planedo Engenharia.

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Organização das Nações Unidas comemora em 22 de março o Dia Mundial da Água

 

“O Brasil tem soluções tecnológicas para diminuir o desperdício de água potável”, aponta gerente da CAS Tecnologia

O país desperdiça 39,2% de toda a água potável captada.
CAS Tecnologia disponibiliza tecnologia para realizar medição individualizada inteligente.
Condomínio no Rio de Janeiro reduziu em 33% dos gastos de consumo de água após a utilização de soluções tecnológicas

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos da Água, o recurso hídrico faz parte do patrimônio do planeta. Com isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) comemora em 22 de março o Dia Mundial da Água, que promove a conscientização sobre a relevância da água para nossa sobrevivência e de outros seres vivos. Entretanto, ainda há um sério problema de desperdício. Segundo estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, realizado com dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o Brasil desperdiça 39,2% de toda a água potável, captada e tratada. Uma das formas de sanar esse problema é a utilização da medição individualizada inteligente.
A cidade do Rio de Janeiro tem, desde 2011, uma lei sancionada que obriga a instalação de medidores individuais de água, por unidade, nas edificações multifamiliares, comerciais e mistas. No país, uma lei foi sancionada,em 2016, na qual exige que os condomínios verticais e horizontais instalem hidrômetros individuais em todos os imóveis entregues a partir de 2021.

De acordo com o gerente da CAS Tecnologia, Octavio Brasil, soluções de comunicação Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, Big Data e Data Analytics, têm papel fundamental no processo de redução do desperdício de água e de energia. “O Brasil tem soluções tecnológicas que podem auxiliar na redução de desperdício de água e de energia. Um exemplo é que alguns condomínios já implementaram a medição individualizada de água e conseguem diminuir significativamente o consumo mensal. Além disso, é importante reforçar que a utilização das novas tecnologias pode reduzir significativamente o desperdício de água, por meio do gerenciamento diário do consumo”, complementa.

Síndico condomínio Península Fit, localizado na Barra da Tijuca, Adalberto Martins, explica que antes havia gastos relativamente altos com o consumo de água, pois não era realizada a medição individualizada. “Como a conta de água era dividida pelo coeficiente de rateio por área (m²) em função dos tipos de apartamentos, ficava difícil saber de onde vinham os gastos. Agora, com a individualização e o monitoramento, todos os moradores estão mais conscientes. O gasto com água é uma das maiores despesas do condomínio”, complementa.

Segundo Martins, em abril de 2022 o consumo de água desse condomínio foi de 6.952 m³. Com a implementação da solução tecnológica, no mês de abril/23, o consumo foi de 4.956 m³, representando uma redução de 29% no consumo.

O gerente da CAS Tecnologia ressalta que é importante fazer o monitoramento online do consumo. “Quando realizamos um gerenciamento contínuo, é possível identificar possíveis perdas que ocorrem devido à vazamentos, ligações irregulares, falta de medição ou medição incorreta. Isso também traz uma segurança econômica para os condomínios”, afirma Brasil que complementa. “Imagina um condomínio que gasta R$200 mil por mês com água. Ao evitar o desperdício de 25% de água, vai deixar de gastar R$50 mil por mês”. finaliza.

CAS Tecnologia possui tecnologia capaz de viabilizar a leitura individual e remota do consumo de cada unidade. O gerenciando diário do consumo possibilita a economia de água, gás e energia de cada unidade consumidora. Tudo através de um Sistema de Telemetria – medição à distância – com equipamentos de comunicação homologados pela ANATEL.

 

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Gastos com energia e água podem aumentar durante quarentena

 

A permanência das pessoas em casa por causa do isolamento social deve aumentar os gastos e as contas de energia elétrica para as famílias, sobretudo daquelas que estão em regime de home office. Outro recurso fundamental e que deve ser intensificado nas residências é o uso da água.

A quarentena é uma boa oportunidade para repensar os hábitos de consumo desses dois recursos essenciais para o cotidiano das pessoas.

 

Desde o início do ano, os consumidores têm uma opção diferenciada de cobrança do consumo de energia elétrica: a tarifa branca. A modalidade foi criada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com um valor que varia de acordo com o horário do seu consumo. Ela entrou em vigor em janeiro de 2020 para todos os consumidores conectados em baixa tensão como, por exemplo, residências e pequenos comércios.

O preço da energia, nos dias úteis, é dividido em três faixas horárias de consumo. No horário de ponta (17h30 às 20h30), a tarifa fica mais cara que a tarifa convencional. Na faixa intermediária (16h30 às 17h30, retornando das 20h30 às 21h30), o custo também é maior.

Entretanto, no horário fora de ponta (21h30 até 16h30 do dia seguinte), a tarifa para o consumidor é mais barata se comparada à cobrada no modelo tradicional. Sábados, domingos e feriados contam como tarifa fora de ponta nas 24 horas do dia.

“Como as pessoas geralmente trabalham fora o dia todo, acabam não tendo tempo para analisar o gasto com a energia utilizada em casa, como o chuveiro elétrico, ar condicionado, ferro elétrico, aspirador de pó e máquina de lavar. Mas, nestes dias de reclusão obrigatória, surge uma boa oportunidade para repensar e planejar mudanças de hábitos que tragam economia nas contas básicas, inclusive para depois que a quarentena terminar”, disse Octavio Brasil, gerente de marketing da CAS Tecnologia, empresa de medidores inteligentes.

A tarifa branca pode ser vantajosa para pessoas que possam deslocar parte considerável do seu consumo de energia nos períodos fora de ponta. Com a adoção, é possível ter uma economia na conta de energia de até 17%.

Para fazer o pedido de adesão, é preciso que o consumidor entre em contato com a concessionária de energia de sua região. Em trinta dias, um novo medidor de energia será instalado na residência ou comércio. Porém, é preciso atenção: se a energia for utilizada durante o horário de ponta, a tarifa pode ficar até 83% mais cara

Os percentuais citados (possibilidade de economia ou o risco de aumento se o consumo for concentrado em horário de ponta e fora ponta) podem variar conforme os hábitos das unidades consumidoras.

Água mais barata

Outro item fundamental que pode ter seu consumo melhor avaliado é a água. Quem mora em edifícios geralmente se preocupa menos com o recurso, porque o valor da conta de água é compartilhado entre todos os moradores. O gasto com água é a segunda maior despesa dos condomínios, em torno de 15% em média, abaixo apenas de mão-de-obra e encargos.

Com a população em quarentena em seus apartamentos, o custo da água tende a ser maior para os edifícios. Uma solução é a individualização de água. Com a medida, a economia gerada na conta do condomínio pode ser de até 35%.

“Como a conta de água é dividida entre todos os apartamentos, é muito mais difícil combater o desperdício, já que o morador não sente no bolso a diferença entre gastar e poupar. Além disso, o sistema também é injusto, pois quem evita o desperdício acaba pagando mais pelos moradores que fazem uso da água em demasia”, destacou Marco Aurélio Teixeira, especialista em medição individualizada da CAS Tecnologia.

 

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Economia, menos desperdício e mais justiça.

Marco Aurélio Teixeira

A divisão da conta de água nos condomínios será obrigatória. De acordo com a Lei 13.312, dentro de cinco anos a regra entrará em vigor e todos os prédios novos do país deverão ter hidrômetros individuais entregues pela construtora. Essa medida pode gerar uma economia mínima de 25% já no primeiro mês, podendo chegar a 50% por apartamento. A medida não atinge condomínios construídos antes da resolução, mas deve movimentar o mercado de construção civil nos próximos meses.

Quando a medição individualizada foi lançada, há 13 anos, houve muita dificuldade para convencer os usuários sobre a importância e funcionalidade da ferramenta. Na fase seguinte, a sociedade passou a entender melhor o conceito da medição individualizada e mais do que isso, a questão da justiça social – cidadãos querem pagar de acordo com seu consumo, e não mais pela conta do seu vizinho.

A medição individualizada propõe que as pessoas deixem de pagar o famoso “rateio” na conta do condomínio no consumo de água para pagar o valor real consumido por cada unidade utiliza, ou seja, apenas pelo que realmente gastaram. Por meio da telemetria – medição à distância – é possível mensurar diariamente a diferença de consumo de água de uma família com muitas pessoas e de alguém que mora sozinho, por exemplo, além da facilidade na detecção de possíveis vazamentos.

Atualmente, com o agravamento da crise hídrica entramos em uma terceira etapa – da consciência ambiental. Ou seja, além da busca por redução de custos, entra em cena também o temor de que um recurso até pouco tempo atrás tido como infinito e barato, acabe.

Em São Paulo já existe uma lei em vigor há seis anos, que obriga os apartamentos a terem medição individualizada; onde somos responsáveis por 50 mil pontos de medição de água e gás. Esse crescimento também foi impulsionado pela crise econômica. Atualmente, a cada dez orçamentos que preparamos, sete são aprovados pelos prédios. Antes desse período, apenas uma proposta era aceita.

*Marco Aurélio Teixeira é Gerente de Negócios da CAS Tecnologia e Especialista em Gestão de Recursos Hídricos e precursor da Medição Individualizada no Brasil.

Individualização da conta de água leva economia a prédios

Capaz de reduzir o consumo de água nos condomínios, e consequentemente a taxa mensal de manutenção do conjunto, a medição hídrica individualizada nos edifícios residenciais é assunto de assembleias e análises por parte de muitos síndicos e moradores de São Paulo. A maior dúvida diz respeito à possibilidade de implantação em prédios antigos e se realmente vale a pena.

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Gestão das Contas na Individualização

Instrumento favorece a redução do consumo e a economia no condomínio, mas a individualização, especialmente a da água, esbarra em desafios no cálculo da conta atribuída às unidades.

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